O que são implantes osseointegrados?

São uma nova geração de implantes, introduzidos a partir da década de 60, mas que só agora atingem um grau de aceitabilidade universal. São normalmente parafusos de titânio colocados em áreas desdentadas e que apresentam capacidade de exercer as funções mastigatórias e funcionais de maneira semelhante aos dentes naturais. Normalmente é colocado em duas etapas: uma para a inserção do implante de titânio propriamente dito – cirurgia mais extensa – e outra, alguns meses após, para a colocação de dispositivos que suportarão as próteses. Estas podem ser confeccionadas em curto período após a esta segunda etapa.

 

Coloção do implante. Em alguns casos pode ser realizado imediatamente após a extração de um dente.

Durante o tempo de cicatrização óssea (osteointegração) o implante fica abaixo da gengiva.

Após o período de cicatrização, o implante é então acessado através de um pequeno procedimento cirúrgico para colocação do cicatrizador.

Finalizando o tratamento, é colocado o componente que irá receber a coroa ou prótese posteriormente.

 

O QUE EXISTE DE MÁGICO NO TITÂNIO?

Nada. É um material utilizado em ortopedia há muitas décadas. Simplesmente o titânio não sofre corrosão quando inserido no corpo humano e não apresenta fenômenos de rejeição imunológica, assim como outros metais da mesma família, como o nióbio por exemplo. O sucesso da técnica é devido a um bom conjunto de fatores e estas características do titânio sem dúvida são positivas, mas por si não garantiriam o sucesso do procedimento. O sucesso depende, em suma, do planejamento da técnica cirúrgica (que evita o super aquecimento do osso), um período de cicatrização sem a colocação das próteses, e uma prótese adequada. Este protocolo para realização dos implantes possui minúcias que não podem ser desprezadas.

 

QUAIS OS RISCOS CIRÚRGICOS?

Mínimos. A cirurgia é normalmente realizada com anestesia local e é muito menos traumática do que outros procedimentos cirúrgicos odontológicos, como a remoção de dentes inclusos (sisos). O pós-operatório é muito bom e a maioria dos pacientes não relata qualquer incomodo maior. Existe, porém, um certo risco inerente à qualquer intervenção cirúrgica – como infecção pós-operatória, edema (inchaço) e alguns outros, mas em índices muito baixos e que não contra-indicam a técnica.

 

EXISTE GARANTIA DE SUCESSO?

A princípio a alta taxa de sucesso é uma boa garantia, mas sempre existe, nos processos biológicos uma certa dose de imponderabilidade. Não há a possibilidade de certeza de absoluto sucesso, mas devido às taxas de sucesso, o desconforto da cirurgia é muito inferior ao benefício de possuir uma prótese fixa, e mesmo nos casos onde ocorre a falha, o procedimento poderá ser refeito.

 

PORQUE OCORREM AS FALHAS?

A maioria porque o caso não é exatamente indicado para implantes. Tentar a colocação de implantes em casos não favoráveis deve ser uma opção consciente do profissional e do paciente, após a avaliação de todas as alternativas. Algumas falhas, porém, ocorrem em casos aparentemente muito favoráveis e é praticamente impossível saber a causa real.

 

QUANTO TEMPO DURA UM IMPLANTE? QUAL SUA VIDA ÚTIL?

Pode-se afirmar que em 95% dos casos, se os implantes não forem perdidos nos dois primeiros anos de uso, durarão por grande parte da vida do paciente.

 

EM RELAÇÃO À CAPACIDADE DE MASTIGAÇÃO, VAI MELHORAR APÓS A COLOCAÇÃO DE IMPLANTES?

Os implantes apresentam resultados funcionais muito superiores aos obtidos por dentaduras e próteses removíveis. Os pacientes que usam dentadura há muito tempo e colocam implante sentem a diferença muito significativa.

 

SE NÃO EXISTIR OSSO SUFICIENTE, EXISTEM MANEIRAS DE AUMENTAR A QUANTIDADE DE OSSO DISPONÍVEL?

Sim, Na área da maxila podem ser feitas cirurgias para aumento de rebordo e/ou levantamento do seio maxilar, retirando-se osso do próprio paciente ou utilizando biomateriais.

 

QUAL A DURAÇÃO DE UMA CIRURGIA?

Normalmente não passa de uma hora para casos simples mas normalmente depende do número de implantes colocados e/ou realizados procedimentos adicionais como a colocação de enxertos ósseos.

 

DEVO EXTRAIR UM DENTE NATURAL PARA COLOCAR IMPLANTE?

Não, o dente natural é melhor. Em certas situações em que dentes naturais estão muito comprometidos por doença periodontal, por exemplo, pode-se aventar esta hipótese. Um planejamento global, levantando-se todas as alternativas, inclusive custo, deve ser mandatório. Não há consenso acerca do grau no qual o comprometimento dos dentes torna a colocação de implantes mais vantajosa.

 

PELO FATO DE SER UM MATERIAL ESTRANHO EXISTEM RISCOS DE REJEIÇÃO OU DE CONTAMINAÇÃO COM VÍRUS POR EXEMPLO? COMO UM IMPLANTE É ESTERILIZADO?

Não ocorre rejeição, pois o titânio é um material imunologicamente inerte. Quanto à contaminação, quando ocorre é normalmente por via cirúrgica e não por falhas do processo de fabricação.

 

E SE O IMPLANTE FALHAR, QUAL O MELHOR PROCEDIMENTO?

Pode acontecer, especialmente em áreas de osso pouco denso e que permitam apenas implantes curtos. É sem dúvida um risco do processo. A melhor alternativa é tentar novamente, principalmente se houver osso suficiente, O melhor é não ter pressa excessiva para resolver o problema, que é muito desagradável.